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Mostrando postagens de 2024

Amor

     Imagine uma pessoa que nunca fez nada por ninguém. Imagine que essa pessoa simplesmente não contribuiu e nunca irá contribuir socialmente para a humanidade, em nenhum sentido. Ela não sai com ninguém, ela não vê ninguém, não vai conhecer lugares sozinha. Não sabe tocar algum instrumento musical, para quem sabe atrair pelo menos a atenção de alguém. Ela não conversa, não saberia dialogar e nem puxar assunto com ninguém. Não teve uma primeira paixão na adolescência, nem nunca teve o primeiro beijo. Será que alguém já lhe amou? Afinal, que motivo teria para lhe amar? Imagine que essa pessoa nunca falou.       Agora imagine que essa pessoa tem uma mãe, e essa mãe tenha ficado, desde o momento que essa pessoa nasceu, literalmente o tempo inteiro ao seu lado. Imagine que ao nascer, essa pessoa recebeu a notícia de que logo iria partir. Um prazo lhe foi dado: meses de vida. Imagine que a mãe, ao ouvir isso, não deu bola alguma, não faria diferença. Essa ...

TRINTA

      Será que algum dia eu serei avô? Bom, eu não estou perto nem de ser pai. A questão que me intriga não tem nada a ver com ser avô, mas sim o fato de que ser avô significa que duas novas gerações estão passando por nós; vinda de nós, neste caso. Significa que o momento chegou, o momento que se percebe que "ok, a vida passou e não estou mais na minha juventude". Significa que o mais óbvio fato da vida, de que ela passa, realmente se provou verdadeiro. Tudo sempre pode ser resolvido amanhã, em algum dia mais para a frente. Afinal, o mundo não vai acabar hoje mesmo. Ou vai? Pelo menos é isso o que nos move. Ser pai ou mãe, hoje em dia, também não é sinônimo de que a juventude passou. Afinal, muitos jovens viram pais e nem por isso são impossibilitados de ainda assim aproveitarem a vida. Mas chega um momento em que as coisas de jovens, que costumávamos fazer, falar, usar ou criar, já não nos pertencem mais, há outras gerações depois da nossa.     A sensação de q...