Imagine uma pessoa que nunca fez nada por ninguém. Imagine que essa pessoa simplesmente não contribuiu e nunca irá contribuir socialmente para a humanidade, em nenhum sentido. Ela não sai com ninguém, ela não vê ninguém, não vai conhecer lugares sozinha. Não sabe tocar algum instrumento musical, para quem sabe atrair pelo menos a atenção de alguém. Ela não conversa, não saberia dialogar e nem puxar assunto com ninguém. Não teve uma primeira paixão na adolescência, nem nunca teve o primeiro beijo. Será que alguém já lhe amou? Afinal, que motivo teria para lhe amar? Imagine que essa pessoa nunca falou.
Agora imagine que essa pessoa tem uma mãe, e essa mãe tenha ficado, desde o momento que essa pessoa nasceu, literalmente o tempo inteiro ao seu lado. Imagine que ao nascer, essa pessoa recebeu a notícia de que logo iria partir. Um prazo lhe foi dado: meses de vida. Imagine que a mãe, ao ouvir isso, não deu bola alguma, não faria diferença. Essa mãe daria ao filho simplesmente tudo que ela pudesse proporcionar. Imagine que a cada vez que essa pessoa chegava perto do prazo que lhe foi dado, mais prazos ela recebia, novas datas apareciam. Imagine que essa mãe, ao longo do tempo, parou de se importar com os prazos. Os meses foram passando, logo vieram os anos, e por fim as décadas. Imagine que essa pessoa nunca pode, e nem mesmo conseguiria, fazer algo sozinha. Ela teve em todos os momentos a mãe ao seu lado. Imagine que essa mãe abriu mão de toda sua vida, para estar presente, cuidar e ajudar seu filho a fazer absolutamente tudo. Imagine que essa pessoa é tão especial, que mesmo sem nunca ter conseguido falar uma única palavra, traz consigo a alegria que as mais belas palavras não conseguem dizer.
Palavras muitas vezes são usadas com sentidos errados. Muitas delas são usadas em vão, da boca para fora. Agora tente imaginar o que move essa mãe. Existem palavras para isso? Sim, é o amor, da forma mais pura e perfeita possível.
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