Li certa vez em um livro que existia apenas um pecado, denominador comum entre todos eles: o roubo. Quando se mata alguém, se rouba o direita à vida, rouba dos filhos o pai e da esposa o marido. Quando se trapaceia, se rouba o direito à justiça; a mentira rouba a verdade. Aquilo fez muito sentido para mim na época.
Ora, ao meu ver, das boas sensações que podemos sentir, todas se resumem em uma só: o alívio. Quem já passou por algum aperto, imaginando a pior das situações que podiam ter acontecido, e no fim tudo não passou de especulação, sabe muito bem dizer como foi grande o alívio ao descobrir que nada de ruim aconteceu. Ou então quando estamos morrendo de vontade de comer aquele prato delicioso que não comemos há tempos. O alívio após nos deliciarmos tal prato é gigantesco, uma sensação de felicidade plena.
Quem nunca se apaixonou? Cada troca de olhares com a pessoa amada é um palpitar do coração, um mini ataque cardíaco. O coração acelerado. Mãos suando. Pernas tremendo. Quando finalmente revelamos o que sentimos, um alívio leva embora todas as inseguranças bobas que havíamos sentido, e ficamos tão leves que quase flutuamos após tirar aquele peso das costas. E quando a resposta for recíproca então? Melhor nem imaginar o alívio que seria...
Estar sob pressão em algum trabalho ou tarefa é horrível, mas o alívio que vem logo após concluirmos é recompensador. Todos já passaram por aquela situação desagradável de estar em algum lugar público e precisar ir urgentemente ao banheiro. Estar tão apertado que até caminhar é difícil. A sensação de alívio após ir ao banheiro é quase como um orgasmo. E falando em orgasmo... que sensação maravilhosa esse alívio de prazer!
Ajudar alguém que passe por uma necessidade nos traz um alívio para a consciência, a sensação de saber que estamos sendo altruístas é fantástica.
Esse pensamento estava em minha cabeça há anos. Que alívio finalmente poder colocar ele para fora!
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